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Karol Conká questiona coautoria e volta a pôr em xeque 'beatmakers' como compositores no pop - Imprima FM

Karol Conká questiona coautoria e volta a pôr em xeque ‘beatmakers’ como compositores no pop

“Sinceramente, eu vou atrás dos meus direitos, porque a música é minha. Quem convidou essas pessoas para fazer essa produção fui eu. Eu acho um absurdo não ter liberação de uma música que é minha”, reclama Karol Conká no terceiro episódio da série “A vida depois do tombo”, do Globoplay.

A fala reacende uma briga no Brasil que põe em xeque o papel dos criadores das bases eletrônicas, os “beatmakers”. Como a música pop se torna mais eletrônica no mundo, os criadores dos “beats” são cada vez mais mais reconhecidos como coautores das músicas, não só produtores.

Mas, no Brasil, o status de autor, que rende fatia maior dos direitos autorais, é bastante questionado. Ele foi um dos pontos da grande briga por “Onda diferente”, parceria entre Anitta e Ludmilla, em que o “beatmaker” Papatinho acabou ficando só como produtor. Nos hits de Karol foi diferente.

G1 já explicou essa briga pela autoria dos “beatmakers” no pop em um podcast com participação de Zegon, DJ do Tropkillaz, e outros profissionais da música. Ouça abaixo:

Na série, Karol ficou indignada ao saber que os parceiros de seus maiores hits, o DJ Nave e o duo Tropkillaz, não autorizaram a veiculação das músicas na série.

Se o tom geral da cantora no programa é de conciliação após a participação mais rejeitada da história do “BBB”, aqui Karol volta a entrar em confronto.

No entanto, as informações dos créditos das músicas na tela desmentem Karol Conká. Nave e os Tropkillaz são listados como coautores, junto com ela, de “Tombei”, “Lalá”, “É o poder” e outros hits. Na prática, a música é deles também.

Tropkillaz — Foto: Lostart / Divulgação

Tropkillaz — Foto: Lostart / Divulgação

Quando diz “quem convidou para fazer as produções fui eu”, Karol tenta colocar os músicos fora da posição de coautores – em que, além de ganhar mais, eles têm o poder de autorizar ou vetar a veiculação das músicas.

Mas tanto Tropkillaz quanto Nave entraram no registro das músicas no entendimento que tem sido mais comum no rap e outros estilos mais eletrônicos da música contemporânea: como coautores. Por isso eles têm esse poder de veto.

Nos serviços de streaming, Karol até tirou o nome dos artistas como parceiros em algumas faixas. Mas o que vale legalmente é o registro original da música, no Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), onde eles são coautores.

“Gente, eles estão deixando de ganhar”, Karol diz na série, sobre os ex-parceiros com os quais brigou. Neste ponto ela está legalmente correta. Os autores poderiam arrecadar direitos autorais pela execução na série caso autorizassem as músicas.

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